quarta-feira, 25 de março de 2009

A HISTÓRIA DA VIDA DE UM AMIGO

Ás vezes apetece escrever no papel ou no computador, as maleitas do dia a dia. Nasce-se num meio onde aprendemos certos princípios de vida. Somos crianças. Choramos. Levamos uns tabefes e depois aprendemos a ler e a escrever, e quando damos por nós já somos adolescentes e já a planificar os nossos princípios básicos de vida. Entretanto, crescemos mais um bocadinho e já somos adultos. Escolhemos o nosso caminho. Conheçemos pessoas e amigos. Começamos com as nossas exigências pessoais. Sente-se o princípio da amizade para com os amigos, a família, os colegas de trabalho etc.

-- A Ele, O Tiago...
-Começas o teu grande salto que é conheceres a tua namorada no qual lutas para que um dia seja tua mulher. Lutas durante alguns anos para a tua conquista e enfrentas a forte oposição familiar de quem mais gostas. Mas fazes os teus planos por longos anos ao lado de quem mais gostas e tanto insistes que de nada serve criarem obstáculos para esquecer quem mais gostas. Que remédio senão ser aceite no seio da nova família que entretanto acabas por casar. Um grande casamento no qual vai toda a família e amigos. Mas para isso já fizeste os planos para o futuro. Já compraste casa onde vais viver com a tua melhor companheira. Já idealizaste que queres 3 filhos. E enfim começas uma nova vida em que agora tens de trabalhar com mais afinco para teres uma vida mais digna possível. Mas entretanto algum tempo depois vem o desemprego por alguns meses. Mas quem te ajuda,? porque entretanto já tens uma filha nos braços?! As despesas correm. O desemprego continua, mas quem tu pensavas que desse algum apoio foi por água abaixo porque o problema era teu. Pensavas tu que aqui, a família seria exemplar, segundo o tal princípio básico de vida. O desconforto moral e distante foi o mais eficaz. Família só tiveste os teus Pais que entretanto mantinham um negócio que semanalmente te disponibilizavam alguns alimentos.
Mas os anos vão passando e vives só com a tua esposa e filhas na Cidade que entretanto já estão em idade escolar. Tens de lhes preparar o futuro sempre que possível baseados nos tais princípios. Mas nem sempre são rosas porque os espinhos por vezes florescem mais depressa.
Outra década chega. As tuas filhas já cresceram mais um pouco e vem a adolescência no qual se agregaram outros problemas psicológicos familiares com certa gravidade. Poderão ser normais, mas sabes que tens amigos bastante influentes que te poderão ajudar. Recorres a eles mas ao certificarem da gravidade em vez de te auxiliarem psicológicamente "fogem". De vez. Sentes uma grande revolta interior. Se os amigos são assim para que os queres!? Sentes que a solidariedade é uma palavra vã. Muito oca ,mesmo. E questionas-te várias vezes.Porquê? Evitas neste caso comentar com os teus parentescos este assunto, mas sentes um vazio e apercebes-te que só tu poderás tentar ajudar a resolver o problema. Mais uma vês te sentiste frustrado porque até tens uma sobrinha que é enfermeira e enfrentou este assunto com a maior das naturalidades. Sentiu-se que o problema não era deles. Assim a tua dor continuou. Que vazio tão profundo que vais sentindo cada vez mais com a tua família. Bem, algum tempo depois o assunto foi felizmente ultrapassado com êxito, mas os espinhos estão sempre presentes. As idades já são mais avançadas e as faculdades para as tuas filhas aproximam-se, mas tens em mente, que desejarias que cada uma frequente o curso que pretende. A pintura e a Arte são os desejos profundos com entrada em Belas Artes, mas tens a opinião contrária da Mãe e tua esposa. Sentes-te no meio da balança mas com a tua tendência que consideras óbvia. Mas os 5 anos passam e a faculdade está feita. Sentes que entretanto as diferentes formas de pensar e agir entre os quatro lá de casa surgem. Mas já são o peso de mais opiniões adultas que tens e deves considerar. Ás vezes paras um pouco e pensas porque não à consenso e porque isto te acontece. Basta muitas vezes ver onde está a razão, que na tua maneira de ver é fácil. Porque quase tudo serve de argumentos contrários.
Como se não bastasse chega a pior fase da tua vida. Após estares 24 anos no teu emprego começam por te considerar uma pessoa a mais e tentam a tua queda. Mas resistes mais um pouco e incrédulamente te questionas de novo. Porquê ? Decides uma ajuda médica e entras de baixa psicológica por alguns meses o qual em parte venceste de forma que ou mal ou bem ainda hoje te mantens no mesmo emprego sabendo que os que tentaram prejudicar só lá está um.
Ao mesmo tempo em que entras nessa crise de emprego a tua sogra adoece gravemente o qual uns meses depois veio a falecer. Desde essa altura nasceram-te outros espinhos bem mais agudos.
Nesse momento que mais precisas da tua esposa, ela opta por estar ao lado da mãe, exercendo o seu direito de baixa concedido pela médica. Ficas de certa forma ofendido. A família da tua esposa em quase 30 anos de casados nunca optaram por te ajudar. Até mesmo quando as tuas filhas eram pequenas. Sempre ignoraram a tua esposa e por consequência a tua família directa. E tú estás sozinho em casa de baixa psicológica. São momentos que mais questionas na tua vida. Imaginas, porque é que os teus cunhados tiveram direito a uma moradia cedida pelos Pais. Foram auxiliados em compras de máquinas agricolas e fora o resto que não sabes ou nunca ficarás a saber. Tú ainda os ajudas-te a receber dinheiro do Estado por 2 vezes no espaço de uma década, com o empréstimo dos terrenos que tens constado que estão alugados a Eles. Mas é só no papel. E tú tens de trabalhar para o que tens. Sentes-te deveras ofendido porque sabes que estão na posse de terrenos onde vão buscar o seu ordenado. Um terço deles sabes que são da tua esposa, mas ignoram porque a subtileza é mais conveniente. Mas entretanto queres investir em algo mas não podes. Por exemplo ajudar a pagar uma parte da casa da tua filha, ou investir num outro apartamento no Algarve. Ou o teu futuro até. Questionas porque hão-de estar os valores nas mãos dos teus cunhados, e já a alguns anos? Depois também te questionas que um dia o teu Pai quiz passar-te o supermercado que possuía mas não quiseste porque terias daí a alguns anos dar uma parte as tuas irmãs e isso poderia ser incomportável. Mas vês que do lado dos teus cunhados se dá o contrário. Por isso não consegues suportar a ideia de que porque é que entre irmãos se pode prejudicar assim. Acabas por criar uma grande distância entre ti e eles, e como consequência sabes que prejudica a relação entre ti e tua esposa. E o tempo em que isto acontece já começa por ser bem longo. Sabes que até a morte da tua sogra vocês eram um casal exemplar. Assim eras considerado pelos outros. Tens em mente desde sempre, no teu rol de princípios que na vida de casal não vale a pena serem diferentes e ignorarem certos assuntos, ou até, esconder outros, talvez. Sabes que queres qualidade de vida mas que para isso também tens de estar feliz no teu ambiente. Fartas-te de dizer que na vida de casal um não pode tirar a alegria ao outro. Sentes que a família da tua esposa lhe alterou a sua maneira de ser e sentes isso de dia para dia. Sabes que a tua Mãe é ignorada por Ela. Vês isso com uma grande tristeza e pões na balança o peso e sentes que és obrigado a pesar mais para um lado que para outro. Sabes que do outro lado não foste apoiado. Do teu lado optou por oferecer um carro novo quando fizeste 18 anos.E não esqueces, a maneira como te foi oferecido! Foi mesmo com orgulho de ser teu Pai. Enfim, e muito mais. E os teus sogros? Pelo contrário, não tens referências algumas. E agora como podes aceitar tais famílias sentindo que tua esposa ignora tua Mãe? E esta Senhora que sempre se preocupou com a tua família. Fez-te sempre pequenas coisas que jamais te esqueces como levar-te de manhã cedo o Pão fresco da loja que quando ainda estavas a descansar colocava-te na parte exterior da porta.
Como ainda não basta, os teus Pais deram-te um terreno com uma adega quase centenária no qual observas-te que até lá dentro chovia. Fizeste mais um esforço de vida e, e com os teus quarenta e pouco anos lá foste fazer o tal empréstimo para fazeres obras na tua casa. Desta vez ficaste a saber que ficas a pagar até a tua velhice. Oh, mas enches-te de coragem e sabes que é preciso é saúde para o poder pagar.
Mas logo, surge tuas irmãs com desconfiança de que algo se passa. Pensas tu que talvez seja porque julgam que tens mais terreno que Elas! Mas vez os projectos e as medidas e concluis que não. Mas dia após dia percebes que se mantêm a mesma postura de afastamento. Mas já ouviste a algum tempo uma conversa da tua irmã com a tua Mãe e sabes que Ela pergunta onde está o dinheiro do trespasse do supermercado no qual origina uma grande discussão entre Elas. Mas sabes que por "a" mais "b" que pensam a tua casa supostamente foi construída com tal dinheiro. É claro que ficas indignado. Mas a conversa ainda não foi feita directamente a ti. Mas algum tempo depois enviam-te os teus cunhados para que angelicamente vás tratar de fazer as partilhas sem saberes qual a tua parte. Mais indignado ficas, porque sabes que os 3 terrenos do teu Pai foram sorteados a alguns anos e a ti a sorte ditou o pior que o teu Pai tinha em valores de terrenos e então ficavam como está e seriam só sorteadas as casas. Mais uma vez sentes enganado. Se em sorteio te calha de novo a pior casa ,lá ficas tu de novo com o pior. Mas o teu cunhado ainda assim diz que foste beneficiado. Ficas furioso. Percebes que o teu outro cunhado fica do teu lado emitindo sinais e sem manifestar opinião verbal sobre o assunto. Claro que passas por uma das piores crises familiares. Jamais o queres ver por perto. Questionas durante muito tempo o porquê de tudo isto. As vezes vale mais seres corrupto para seres como os outros do que teres os teus princípios que tanto julgas correctos. Mas entretanto sabes que necessitas ter uma grande conversa familiar, para alguns esclarecimentos o qual acontece alguns meses mais tarde no qual verificas que é assim que se resolvem todas as dúvidas. Pediram-te desculpa ao qual jamais esperavas. Agora sabes que a outra tua irmã, aquela em quem tu mais confiavas se afastou de ti sem saberes as razões reais que a levaram a fazer tal atitude. Será por culpa do chamado ciume, por partilhares agora dialogo com a outra irmã? Mas não te deves preocupar porque o ser humano é assim mesmo. Não te esqueças que tu é que contas. Entretanto estás de pé atrás porque o facto de pedir desculpa pode ser temporário O tempo o dirá.
Estás sozinho para a resolução de todas estas coisas. As vezes sentes-te isolado sem resposta as perguntas que tens para fazer, mesmo em casa. Sentes necessidade de comunicar sobre as coisas que fazes no dia a dia. As vezes só o consegues no trabalho com os teus amigos e clientes e por isso sentes frustrado. Uma das tuas filhas está em casa mas sempre ocupada. A tua outra filha está na sua casa a uma certa distância. Com a tua esposa o vosso relacionamento é com grande frieza pelas razões acima transcritas. Costumas dizer que a paciência tem limites, mas ela tem sido muita. Ás vezes queres ir a noite beber uma cerveja ou um café a um bar que gostas. Não tens companhia familiar porque uma é vegetariana. A outra quando está contigo no fim semana raramente sai de casa ou então a saída é para centros comerciais. A tua esposa não diz mas normalmente é um frete acompanhar para essas coisas. Mas tu és um indivíduo que gostas de ouvir música . Detestas o silêncio. Sabes que conversar e conhecer outras pessoas enche-te aquele vazio que tens dentro de ti.
Qualidade de vida é mesmo o que procuras e queres e que mesmo assim até consegues. Mas perguntas muita vez. Porquê a ti que gostas de toda a gente!?. O melhor que te podem dar é conhecer a cultura dos povos. Eventos. etc. Ás vezes é ridículo que se queres algo que faz parte de cultura tens de ir só ou com amigos. Mas não foste tu que estudaste para ser doutor ou engenheiro, mas as vezes sentes que tens mais interesse pela cultura que aqueles que se formaram.



A QUEM DEDICO ESTE TEMA...

Aqui foi contada a história de um amigo que eu conheço de nome Tiago . A este Amigo, e a tantos outros que por aí há só desejo que enfrente a vida com grande vigor, e dizer que o lema é!. Mesmo que difícil, deves estar sempre de uma forma bem positiva e sempre alegre. O sorriso é a arma contra a indignação e o mal querer dos outros. Força TIAGO.
2009-Junho-13

sexta-feira, 13 de março de 2009

A POBREZA IGNORADA

Pobreza!!!
Que palavra essa tão em voga nos dias de hoje.
Decidi fazer hoje este comentário relativo a este assunto, porque não posso ficar indiferente a certas atitudes, muitas vezes talvez por parte de pessoas que o ignoram sem motivos, ou sem darem por isso fechando os olhos. Claro que é o meu ponto de vista, mas provavelmente estou "redondamente" enganado. Que me perdoem se assim é.
Á dias desloquei-me a uma aldeia do interior deste País, mais precisamente no concelho de Idanha-a-Nova no intuito de aprofundar os conhecimentos do Povo local, tal como os seus hábitos e costumes, como é meu apanágio de vez em quando.
Logo que estacionei no centro e ainda a retirar as malas para transportar para o quarto onde iria ficar, surge um sujeito de meia idade, e abraçando-me, e com a alegria profunda dele, começou por dizer que era uma terra onde existia um poeta e que embora não conhecido tinha publicado um livro. De seguida começa por citar alguns poemas, mostrando uma memória de "ferro". Tão intrigado, perguntei quem era o poeta. Mostrando um ar de riso confidenciou que era ele. Que satisfação a minha ao observar tal atitude. O Senhor prontificou-se a ir buscar os livros publicados a fim de nos mostrar.
O Senhor poeta seguiu a sua vida prometendo voltar com os livros.
Pouco depois surge uma Senhora que nos observou na amena "cavaqueira"e até alguma alegria, aproximou-se de nós e comentou que o Senhor Poeta era "maluco", fazendo sinal na testa como de costume.No dia seguinte ,também um Senhor usou os mesmos métodos da Senhora. Intrigado, optei que da próxima iria sentar com ele à mesa e fazer umas perguntas sobre a sua vida. Assim aconteceu no dia seguinte. O Senhor Poeta tinha abandonado a Aldeia nos anos 60 para Lisboa. Pessoa simples e humilde não teve aparentemente alguém na cidade que não o entendesse, e assim esteve na Cidade durante 30 anos, com os dotes que tem, mas sem estudos e sem ajuda lá tem caminhado na sua vida quase solitária,a tomar conta da sua mãe. Humildemente vestido. Humildemente vivendo e sempre alegre falando a toda gente, as vezes até ignorando o seu modo de vida.
Fico indignado muita vez. Verifico que o Povo se vê alguém que não é como eles, basta as vezes não ter emprego, é porque não gosta de trabalhar. É porque é "calão". É porque não tem um certo hábito que o resto dos locais tem, já se põe de parte. É a grande falta de conhecimento, ou cultura que o Povo tem que aponta ou atribuí estes rótulos.
As vezes somos eguístas e só pensamos em nós e não nos outros, e isso por vezes ajuda a criar a pobreza nos outros só porque não são como eles .
Há poucos anos também havia na minha aldeia um senhor com cerca de 40 anos que era alcoólico. Boa pessoa. Aos fins de semana vinha bater a porta para lhe dar uma moeda. Raramente lhe dava a moeda porque sabia que era para alcool, mas fazia sempre uma sandes que ela guardava religiosamente para quando fosse a noite, comer. Quando batia a porta, por vezes, já se dizia cá em casa (olha vai abrir a porta que é Ele). Claro era comigo, e com muito gosto lhe fazia a sandes. Foi das melhores coisas que fiz ,pois quando se cruzava comigo na rua dizia que lá vinha o amigo. Pois, porque amigos não os tinha. Entretanto, O Manuel faleceu, e na mercearia, alguém da família dele encontrou-me e olhando nos olhos e disse-me "o seu amigo morreu".
Que bom saber que ele me considerava amigo. Pensei eu
Existem pobres, que as vezes o são porque precisam de ser encaminhados. Até as vezes por um familiar para lhes fazer ver que é preciso fazer alguma coisa para ter que comer. Por vezes até são muito bons a trabalhar desde que esteja alguém por perto a defenir as regras. As capacidades são muitas vezes limitadas, embora inteligentes.

- Outro caso que com o tempo caíu em pobreza.


Noutra altura tive também um colega na minha empresa que na sua idade de adolescência se formou em engenharia em Barcelona, lá pelos anos 70. Veio entretanto para o nosso País onde casou e teve 4 filhos , e tendo sido admitido na minha empresa como dos primeiros empregados, começou por mostrar os seus conhcimentos. Entretanto veio a pouco e pouco a dedicar-se ao álcool e a desorganizar-se pessoalmente até nas suas capacidades, ao ponto que já com os seus 40 e poucos anos já seria preciso sempre alguém ao seu lado para lhe indicar o que teria de fazer. Entrou numa pobreza profunda ao ponto de enganar a própria mãe, já que entretanto a esposa se separou dele e viu-se obrigado a entregar a casa a entidade a quem comprou a casa. Fui eu que lhe segui as pégadas e o tentei encaminhar já com a idade que por fim tinha. Acabou por ser dispensado da empresa com a idmenização respeitante aos anos que possuia. Mas logo de seguida refazendo a sua vida com outra pessoa de origem estrangeira tendo ao fim de pouco tempo esgotado também a quantia que obteve do seu despedimento.
Claro que este caso é um pouco diferente dos 2 anteriores, pois teve grandes oportunidades, e a certa altura deixou de as aproveitar.
VAMOS AJUDAR A ACABAR COM A POBREZA.