domingo, 6 de junho de 2021

NOS FINAIS DOS MEUS TEMPOS

NUM DIA SE NASCE. NOUTRO SE MORRE... É o título de um texto que possuo sobre a vida, em que foco o meio entre o tempo de nascer e o de morrer. Que é tão curto que neste meio devemos viver o mais feliz possível, porque é mesmo curto o tempo de vida que passamos na Terra. Então, pego neste início de tema, porque nasci, e já lá vão 60 anos (quando iniciei este texto). Até aqui, passei pela idade infantil e adolescente sempre acompanhado pela minha família. Meus progenitores, dividindo meu espaço de ambito familiar com minhas irmãs. Depois, constituí minha própria família, e segui minha vida até aqui, este dia, esta idade. Uns dias com espinhos e outros sem eles, acompanhando, sempre esta minha família direta. Mas quanto mais tempo viverei? Não sei. Gostava, e espero que sejam muitos mais. Porque tenho ânsia de viver, para conhecer algo que ainda não conheci. Porque o tempo urge, e amanhã, quando contar o tempo, mais 20 anos se passaram e num click 80 contarei, se lá chegar. Não interessa muito como chego. Talvez meio cocho, ou meio bengala,ou meio tropego até no falar, mas espero usufruir da vida até lá, mesmo assim com esses meios espinhosos, mas seguir sempre em frente contra a dor da idade, enquanto possível. Mas vamos ao que interessa, e ao que me trouxe aqui. Para memória futura. Porque gosto da vida, gosto do que faço, e do que procuro fazer. Sinto-me bem. Tenho uma família que adoro e amo. Minha esposa, filhas e genro. Gosto demais da vida, e da Natureza, para que um dia parta para o outro lado. O lado da morte. E que fique registado do que gosto, e do que quero que se faça nesse dia, talvez triste, sim, mas que quero que seja alegre para todos. Sei que será difícil a lágrima no olho, daqueles que seguiram minhas pégadas ao longo do tempo, da minha vida. Mas sim, mesmo sendo difícil, ao menos que essas lágrimas sejam de alegria, baseadas naquilo que sempre tentei transmitir, quase sempre, ás pessoas que me rodeiam e que mais me conhecem. Costumo falar sempre em alegria e boa disposição. Ser positivo. Quase sempre me acompanhou esta minha maneira de ser, durante toda a vida... de ser e transmitir a boa disposição e ser positivo. Porque penso assim mesmo, a morte, essa, enfrento com naturalidade, porque sei que esse dia acontecerá. Não sou diferente dos outros, e sei que não posso escolher a morte. Ou melhor... como morrer, sabendo que posso morrer de várias formas. Mas incomoda-me o resto da vida com certas doenças com Alzheimer, por exemplo. Por não conhecer vocês, os familiares e amigos, nem mais ninguém. Depois, os anos que terei ou não de viver assim. A inferior qualidade de vida que darei aos meus familiares para me acompanharem ou estar ao meu lado.Incomoda-me. Por isso decido aqui, e neste caso, a morte assistida, ( a minha morte assistida). Ou seja... Por eutanásia. Sei que irei tranquílo, e alegre no meu interior. E porquê? porque quero, e porque já vivi a vida. Não vale a pena estar a prolongar mais minha vida vegetativa, e prejudicar a dos meus familiares. Quer psicológicamente, quer financeiramente. Porque neste caso serei uma "coisa", que está ali. Ninguém deve proíbir se quero assim. Sei que até este momento o estado não autoriza, mas ninguém tem o direito de decidir o que "Eu não quero", viver a vida vegetativa. Mas refiro que só entendo ou autorizo a minha morte assistida em caso da referida doença de Alzheimer ou outra em que me deixe de forma em que não reconheço ninguém ou que de qualquer forma não me possa movimentar minimamente. Mas também não autorizo que alguém fora da minha familia direta, "esposa e filhas" decida sobre a minha vida ou morte. Não autorizo médicos, ou alguém relacionado com o serviço nacional de saúde tal decisão. Sugiro que o ideal seria a admistração do produto letal pela minha mão, mas se Eu não estiver nas condições de não o poder fazer, então alguém que o faça, e nesse caso algum familiar, ou alguma entidade para aí virada ou organizada. É ESTA A MINHA DECISÃO FINAL, após vários anos em que tenho pensado, e repensado se quero ou não quero tal decisão. Tenho até aprefundado bastante sobre este tema afim de poder decidir assim. Eu mesmo, e não mais ninguém decidiu por mim, porque não quero que meus familiares dediquem tempo comigo, quando Eu já sou uma "coisa", que não serei capaz de dar carinho, nem saber receber os que me são atribuídos. Depois, pensando a enorme despesa que estes tipos de doença tem. É muito doloroso estar assim para todos a minha volta, não esquecendo também os outros familiares e amigos. Por isso, de novo e de uma maneira sóbria, em que sei o que decidi, embora e talvez contra a opinião de alguns, e também outros familiares e amigos. Hoje, no ano 2014, felizmente e graças a Deus tenho sido sempre saudável, não sei até quando, mas isso não importa, o tempo. Espero ainda, se Deus quiser, gozar a vida e fazer o que mais gosto com a idade que tenho, ou que irei ter, não sei até quando. Ou melhor será até quando Deus quiser. Gozar a Natureza e o dom da vida que DEUS me atribuíu, até ao extremo possível, e estar sempre próximo de todos os meus familiares, especialmente esposa, filhas e genro, e amigos. Assim, e como disse acima, a vida dá-me um enorme gozo, e por isso digo aqui, também, que no meu dia de morte, ou seja, quando estiver no momento de venerar o meu corpo, e também assim como disse acima, em vez das lágrimas, gostaria que fossem colocadas várias músicas, dos quais algumas acompanharam-me, desde a minha adolescência. Como exemplo, a primeira das primeiras. GENESIS,e o album;The selling england by the pound.Os Procol Harum ao vivo in Denmark, com o tema Whiter Shade of Pale. Pink Floyd. Depois, bastante tempo o som de música clássica, ou erudita como Chopin, Joan Sebastian Back, Vivaldi, e outras musicas de preferência com piano, violino ou arpa mesmo com outros autores. De toque baixinho para que provoque um ambiente calmo, mas que se oiça para que cada um sinta o som da vida, que a própria música nos transporta, e que nos toca, e nos eleva naquele espaço calmo, e que lhes traga a alegria pura da vida, tal como Eu sentia ao ouvir, e que me motivava para o dia a dia nas horas boas, e más, Mas de forma que não haja lágrimas. Sei que é difícil para alguns, mas se as houver que sejam diferentes, que sejam uma fonte, de alegria. Se caírem essas lágrimas, sintam o prazer de enfrentarem o resto das vossas vidas. Com o prazer de viver a vida. Vivam felizes, mesmo nas horas menos felizes e ignorem os bens materiais e aproveitem os bons momentos familiares que tem pela frente, porque a vida... essa são 2 dias. JOSÉ GARCIA JÚNIOR (Texto escrito desde o ano 2014 e relido ao longo deste tempo, até hoje mas nunca terminado podendo sempre ser alterado ao longo do tempo futuro se assim o entender)